José Maria Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim. Com 16 anos foi para Coimbra estudar Direito, tendo aí sido amigo de Antero de Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados publicados em fascículos na revista “Gazeta de Portugal”, apareceram como coleção, publicada depois da sua morte, sob o título Prosas Bárbaras. Em 1869 e 1870, Eça de Queirós viajou ao Egito e visitou o canal do Suez que estava a ser construído, o que inspirou diversos dos seus trabalhos, entre os quais o Mistério da Estrada de Sintra, de 1870, e A Relíquia, apenas publicado em 1887. Em 1871 foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino. Mais tarde, foi trabalhar em Leiria como administrador municipal, onde escreveu a sua primeira novela realista da vida portuguesa, O Crime do Padre Amaro, que apareceu em 1875. Eça de Queirós passou os anos mais produtivos de sua vida em Inglaterra, como cônsul de Portugal em Newcastle e em Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como A Capital. As suas obras mais conhecidas, Os Maias e O Mandarim, foram escritas em Bristol e Paris, respetivamente. O seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do séc XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra. Faleceu em 1900 em Paris. Os seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente 20 línguas.
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